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Progressão

Estudo aponta a internet como causa de prejuízo aos estudos

Coordenador do Progressão concorda que a superficialidade das informações atrapalha os estudos. É preciso saber dosar o uso da internet como fonte de pesquisa.

Um estudo polêmico realizado pela University College of London, na Grã-Bretanha, afirma que os estudantes já não são capazes de ler e escrever textos longos porque a internet faz com que a mente deles funcione de maneira diferente do cérebro das gerações anteriores.

A pesquisa constatou que a internet desenvolve o pensamento por associação, estimulando a leitura picada de informações, pelo uso de hiperlinks e pela possibilidade de trabalhar em várias páginas ao mesmo tempo, enquanto isso, a capacidade de pensamento linear fica debilitada, o que impede a concentração em uma única fonte, como na leitura de um livro, por exemplo.

Contrastando com essas informações, o estudo do Imagining the Internet Center, da Universidade de Elon, mostrou que três em quatro especialistas, dos 371 entrevistados, acreditam que a internet deixará as pessoas mais inteligentes ao longo dos próximos 10 anos, visto que o uso da rede já melhorou os níveis de leitura, escrita e compreensão de conhecimento.

Internet x Profundidade

O coordenador do Colégio Progressão, Robson Salgado, tem seu ponto de vista junto ao primeiro estudo, explicando que a necessidade de acessar várias páginas ao mesmo tempo leva à superficialidade dos assuntos “estudados” na rede.

“O adequado é que o aluno fique uma hora por dia na internet, não mais do que isso”, explica Robson, pois desta forma é possível equilibrar o dia, “uma hora vendo tv, uma hora na internet, uma hora na academia e assim por diante”, para trabalhar todas as áreas necessárias ao bom funcionamento da mente e do corpo humano.

“Para os alunos que acessam com frequência a internet, a aula passa a ser uma coisa monótona e de uma profundidade que não interessa”. Robson conta que para muitos estudantes o que importa é entender só o conteúdo que vai ajudá-lo na prova, sem se preocupar com o contexto.

“Para tentar reverter esse pensamento, o professor precisa trabalhar na sala de aula para estimular o aluno a buscar o próprio conhecimento e incentivar que ele se aprofunde nos assuntos”, fala Robson, lembrando que os vestibulares do país têm trabalhado a interdisciplinaridade, fazendo com que os estudantes misturem os conteúdos aprendidos em diferentes disciplinas.