O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) lançou nesta semana uma cartilha que orienta os vestibulandos a escolher uma boa escola de medicina.
No site www.proteja-se.org.br, reitores e diretores de instituições como a USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade de Campinas) dão dicas sobre como avaliar a infra-estrutura, o corpo docente, a grade curricular e outros aspectos importantes para um curso de qualidade.
As avaliações da cartilha baseiam-se nos últimos resultados do Exame Nacional de Cursos, conhecido como Provão, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
“Com depoimentos de renomados especialistas de universidades e da área médica, além dos resultados das últimas edições do Provão, esperamos contribuir para que nosso futuro colega médico entre no mundo da medicina pela porta da frente”, explica o presidente do Cremesp, Clóvis Francisco Constantino.
O Brasil conta com 121 cursos na área e forma mais de 10 mil novos médicos por ano. De 1996 a 2003, foram abertos 37 novos cursos de medicina no país, sem critérios claros de avaliação de qualidade, sem preocupação com a ampliação exagerada da oferta de vagas e mesmo com pareceres contrários do Conselho Nacional de Saúde.
Com base nos últimos dados populacionais e no registro dos médicos no Conselho Federal de Medicina, a média nacional de médicos no Brasil é de um profissional para cada 610 habitantes, bem melhor que os padrões internacionais, que exigem um médico para cada mil habitantes. Há, entretanto, uma concentração nas áreas urbanas. Só em São Paulo, existem 85.608 médicos em atividade, atingindo o índice de um médico para cada 459 habitantes.
O Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira, a Federação dos Médicos do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Médicos de São Paulo apoiaram a criação da cartilha.
FONTE: Folha Online