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MEC propõe unificação dos vestibulares

De acordo com proposta, na primeira fase unificada será avaliada a capacidade de raciocínio do aluno

O Ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou nesta semana um projeto para unificar os vestibulares das universidades federais, a idéia é fazer com que a prova avalie a capacidade de raciocínio do aluno, ao invés de testar seu grau de memorização, o que ocorre nos vestibulares atuais.

A proposta é a formulação de um novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para a primeira etapa do processo de seleção, com diversidade dos conteúdos e questões mais analíticas. O modelo é semelhante à forma de seleção do Programa de Universidade para Todos (ProUni), no qual o aluno escolhe a instituição com base na nota do Enem, com mínimo de 45 pontos. Para o ministro, a ação faz parte do processo de reforma do ensino médio, visto que a prova vai permitir uma melhor organização do currículo e liberar o vestibulando de prestar vários vestibulares. A nova prova poderá substituir também o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e o Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Enceja).

Mas nem todos concordam com o ministro. Zaki Akel Sobrinho, reitor da Universidade Federal do Paraná (Ufpr), acredita que o novo processo pode interferir na autonomia das universidades, “não cabe ao MEC (Ministério da Educação) impor tais regras, cada universidade avalia a melhor maneira de escolher seus estudantes”.

A proposta formal será entregue na próxima semana à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para que seja discutida nas universidades. “Dependendo da decisão dos reitores, e se ela for rápida, a prova poderá ser aplicada ainda este ano”, afirma Haddad, que propõe que o novo vestibular seja usado primeiro nos cursos de licenciatura para teste, pois eles têm menos concorrentes.